sexta-feira, 3 de outubro de 2008

Seco

Cansa como o cansaço cansa,
como a vida desgasta.
O pesadelo de quem canta
Um desencanto com verso e prosa.
Pesa à ti um peso morto
um peso tolo, peso teu.
Do ilegal surge um apogeu.
Escuta o que o som produz,
palavras fáceis ou difíceis
dizem sempre a mesma coisa,
afeto, desafeto, prazer ou dor... Humana.
O prazer vêm em tragos intermináveis,
os amigos vão como poeira ao vento...
Mas tu terias outra relação
Beberias do meu leite, sairias de meu ventre,
crescerias, sim, gradativamente,
mas bebê seria um estado eterno.
Acho que assim funciona um coração materno
coração que agora anda triste
Por todas as horas que me distraio
está a saudade, que assim insiste!
Persegue, aterroriza. Antes a esquizofrenia...
e ver-te onde todos não vêem
ou sentir-te em um mundo paralelo...
Que nos separa? Só a morte!
e o resto que desconheço.
Pesa à ti a dor que é minha
a dor sem escolha, que apenas vêm
Pesa em mim não te ver, mas sentir o cheiro teu
Pesa em mim você... Que é desejo meu.