quinta-feira, 25 de dezembro de 2008

Natal

O que eu não entendo é:


-Por que as crianças não podem ser iguais as dos filmes de natal?
(agora mesmo tem uma criança no parquinho do prédio, de baixo da minha janela, gritando desesperada e chorosamente querendo atenção.)
Porra, elas podiam tentar imitar... só hoje né?

-Por que só as crianças boas ganham presente? Isso é exclusão social, po.
Até porque o conceito de bom e mau é muito relativo...

-Por que as pessoas insistem em lembrar que é natal?
Eu já sei! Não tem como esquecer!
Dormir com a cortina aberta /impossível. Vou acabar tendo uma crise convulsiva com todas essas luzes piscando.
E os canais de televisão?!
Coloco no Warner os Friends tão trocando presentes na árvore de natal... Coloco na Fox o Bart colocou fogo, sem querer, nos presentes da familia Simpson toda... Coloco na Sony até Will and grace tão no natal.
Ingenuamente coloquei no Cartoon achando que estaria passando Pernalonga ou Tom & Jerry, mas NÃO! Eles tem um especial de natal, olha só! horas e horas e horas seguidas de desenhos com temas natalinos!!!
Isso porque eu não tenho os canais pornôs... Mas imagino que esteja sendo algo do tipo... Fantasia de mamãe noel... Ou algo assim.
E é TV a cabo! Se eu dependesse do canal aberto ia ver a xuxa vestida de freira mor!
Tipo, não posso deixar de elogiar o TNT, porque virei minha noite do dia 24 pro dia 25 vendo Tróia!
Já tinha visto esse filme, mas fiquei tão contente por não ter nada a ver com natal que vi de novo!


-Por que aqueles parentes que você nem sabia que existiam surgem no natal? Tudo bem o boato de que natal se troca presentes, mas nunca ouvi que é para desenterrar os mortos.
Se é pra comer junto, até topo, mas sem ser na minha casa e algo sem carne(frango,peixe,porco,peru,suamae) e com muita bebida... Muita.
u.u

-Seja sincero, você realmente se comove com aqueles cartões de natal que as pessoas mandam pra todos os amigos do orkut/ contatos do email/ do msn?
Não. Não comove, todos sabemos que, ou é um cartão automático pra todos os contatos, ou é vírus. E por segurança você nunca abre. =]

ahhhh, natal pro inferno!
se bem que... tem uma coisa que eu adooooro do natal.. =}
http://www.youtube.com/watch?v=zvuVDicJ2m4
AUHUAHUAHUAHUHAUHAUHAUHA adoray.

Anyway
Feliz desculpa capitalista pra aumentar o consumismo no fim do ano e aproveitar o 13º da classe operaria.
=]

Que venha o ano novo! Que é beeem melhor que natal porque ninguém tá nem aí pro nascimento de gsus ou comer com a familia! Nego qué é viajar com os amigos e encher a cara!

terça-feira, 23 de dezembro de 2008

Digamos que eu tenha aceitado o destino. Que eu entenda a lei natural.
Digamos que meu choro é saudade e não raiva, que antes eu deixava confundir.
Digamos que eu tenha esquecido de você em alguns momentos, e que novos hábitos criei.
Digamos que eu esqueci completamente a sensação de te tocar... E que às vezes esqueço-me do seu jeito.
Digamos que esqueceria como você é se não tivesse o que me lembrar...
Mas eu digo que nunca esqueci o seu tipo de espírito... Porque ele se impregnou no meu profundo.
Um momento bom pode salvar um dia ruim, e antes, todos os meus dias eram salvos por você.
Meus dias não são mais salvos.
Digamos que isso me atormenta...
Mas, mais que isso só a idéia de fim absoluto, que eu insisto em descrer.
Digamos que eu esteja pedindo... Paciência,
Que eu esteja pedindo que me espere.
Porque, digamos que um dia, não sei como, não importa os meios...
O resultado é sempre igual... Para todos desse lado.

sexta-feira, 19 de dezembro de 2008

Gosto como gosta,
como posa,
como fala,
como faz.
Gosto do nada,
do tudo,
do alto,
o baixo,
e nada mais.
Gosto de pouco,
mas já gosto muito.
Mal conheço,
e me pego pensando,
insistentemente,
em um primeiro beijo.
Mas me vejo inteira
caso o desejo
fique guardado.
Vejo-me na mesma.
E depois de tanto tempo
menosprezando tudo e todos,
vazia por dentro,
como pôde?
E quando as palavras,
que elogiavam ou banalizavam,
já não faziam efeito algum.
Quando me vi livre disso de vez!
Da melhor maneira de viver o mundo,
só, sozinha, sem ninguém.
Como pôde mexer comigo?
Como pôde me trazer de volta
a um mundo complexo demais...

terça-feira, 9 de dezembro de 2008

Desconforto

s. m.,
falta de conforto;
desânimo;
desalento;
desconsolação.




Meu desconforto não é o seu,
assim como o seu não é meu.
Sequer pode ter noção do que é pra mim,
já que o que eu sinto você jamais saberá
como eu.
Eu gostaria de saber como sente,
mas alegro-me por sentir só o que já sinto.
Porque o meu limite já parece-me muito.
Sua presença me incomoda,
assim como olhares atenciosos.
Sua consciência me importuna, confesso,
e o que pensará.
Sei que eu que deveria postergar o que não me favorece,
sei que o valor próprio deve sempre ser o maior.
Antes morte do que a desonra,
Antes distância à intimidade,
Antes não enxergar
do que enxergar um futuro
em que não se vê nada.
Escolho solidão ao desconforto,
Solidão à você.

quinta-feira, 4 de dezembro de 2008

Cães e gatos.

Os gatos são criaturas maravilhosas. Mas nem sempre pensei assim, assumo.
Eu gostava mais dos cachorros... Eu achava mais legais, mais carinhosos, companheiros, amigos... Dependentes.
O ser humano adora estar no topo, seja da cadeia alimentar, seja da inteligência, do especismo, na própria sociedade, na força e na coragem... Até na inteligência. A tecnologia, o desenvolvimento. No poder de manipulação.
Os cães se encaixam perfeitamente nos padrões de 'melhor amigo do homem'. Se você bater em um cachorrinho, chutá-lo e gritar bem nos seus ouvidos, ele tremerá de medo. Mas se logo depois você muda a postura, abaixar o tom de voz, oferecer-lhe a mão para um agrado, ele aceitará e acreditará que você realmente mudou de idéia.
Os gatos sequer lhe dão a intimidade de chegar a pensar em maltratá-los. Eles mostram claramente que até podem depender de você, mas que não dão a mínima pra isso. Eles são rebeldes, individuais. São reis e rainhas da auto-estima. São pirâmides egípcias!
Os cães são comida em alguns lugares do mundo.
Humanos quando comparados à gatos são elogiados. Quando comparados à cachorros são ridicularizados.
Porque, assim como pessoas, fortes são os que prezam o seu Eu. São os que desacreditam, e não tem esperanças. Mas isso não traz a tristeza, e sim o desprezo. A moral e o controle são dos mentalmente estáveis.
A estabilidade é atrapalhada pelo sentimento.
Que assim como um homem que é atacado por um cachorro solicita seu abatimento, Um homem que é atacado por um gato procura não pisar mais em seu caminho.
Um homem furioso que decide matar o cachorro com as próprias mãos, mata-o com pedras e bordões. O homem furioso que quer matar o gato distribui veneno e espera sua morte de longe.
Gatos são criaturas incríveis, que para dar-lhe o afeto e para aceitar o seu, você terá que lutar para merecer isso. Entende? Você luta para um ser aceitar seu amor. É fascinante!
Os gatos, sem falar nossa língua e sem nosso 'desenvolvimento', conseguiram nosso reconhecimento inconsciente.
Hoje eu digo, do fundo do coração, Eu amo os gatos!

Registro

Deixo aqui registrado, senhores de bem,
Minha paixão é uma, é a mesma de tantas outras...
E mesmo assim, cada vez é única e...
Intensa.
Deixo clara a admiração, meu desejo,
Qual é geral e incompleto, já que nunca chego até o fim.
Uma adrenalina diferente a cada rosto diferente.
Veja só! Eu amo a todos! Eu quero todos!
Mas sou apenas de mim mesma.
Conto aqui, abuso de sua paciência e ignoro seus olhares que acusam-me a inconveniência.
Conto um conto, faço o riso sair das bocas alheias... Enquanto a tristeza me tem por dentro.
Ignoro o abandono, até convencer a mim mesma que tudo está bem. E um dia me dou conta
Que tudo realmente está bem... Ou menos pior.
Sou boa em jogos de palavras.
Sou boa em criar obstáculos.
Mas, especialmente, sou boa em enxergar um mínimo defeito cruel,
Mesmo que na pessoa mais bondosa.
E sou capaz de amar cada momento em que amo os medíocres,
E cada momento que divido com eles a cama. (e outras coisas...)
Sou boa em não sentir Nada.
Veja só! Eu quero todos, mas incompletamente...
Pois sou apenas de mim mesma.

quarta-feira, 3 de dezembro de 2008

Por que não me ajuda?

No som da bossa mais bela eu compus pra você, meu bem,
Fiz das maravilhas, palavras. Tentei, eu tentei!
Tirar um sorriso desse rosto privado,
desse rosto que guarda pra ti e pra outros,
especiais,
que, ora essa, não são como eu.
Mas, veja você, estou aqui, insistentemente,
de tal maneira que irritante, confesso.
Mas o que há de errado em expor um pouco
a vontade, demasiada dentro do peito,
de lhe demonstrar afeição?
Do som dos inteligentes eu tiro minha coragem,
não minha inspiração,
só pra dizer diretamente à você o que eu já vi, e que
guardar pra si não dá em nada.
Mas quando penso em andar... Eu tropeço,
as palavras quando saem... Sempre são das mais irrisórias,
sempre atormentando-me, pois minha descrição é verdadeira.
Resolveria se eu fosse mais espontânea,
mas entenda-me o medo do pensamento decorrente!
Quando o que eu queria era apenas conversar...
E que o perigo de parecer ridículo não me amedronta mais!
Ah, se você é especial ou não, eu, particularmente, não sei,
perante os outros, claro.
Pouco me importa, se quer saber...
me importa apenas que seja unicamente especial para mim,
e vice versa.
Saio escrevendo assim mesmo, de raiva talvez...
ou medo! Que o valor recebido te suba à cabeça,
e talvez até mereças isso,
Mas que eu fique sem uma chance,
de arranjar um lugarzinho meu...
Aí dentro.

terça-feira, 2 de dezembro de 2008

Dia de samba grátis na Fundição.

Faço dessas linhas palavras, combinações, minhas únicas demonstrações de afeto. Conto aqui o que não tenho paciência para contar pessoalmente, preocupar-me com gestos e os olhares. O que vai pensar... Tentar, acima de tudo, demonstrar sanidade e autocontrole.
Confesso-lhe que a paixão dominou minha cabeça agora. E que por enquanto me mantém quente e acordada.
Meu dia resumiu-se ao uó. A Mary veio depois nos encher a cabeça. Um se junta ao outro e o estado torna-se perfeitamente tranqüilo.
Calça skinny e All star branco; Que bela combinação! Encanta-me, confesso. Só não mais que o estilo Junkie do Rock n’roll.
Que as ruas possam falar um dia... Pra me falarem por onde foi, e qual é seu nome. Daí certamente iria atrás de você.
Enfrentaria prazerosamente nossa guerra de olhares toda de novo. Riria sem graça novamente, mas dessa vez falaria que é encantador o jeito que me chamou a atenção. Que ver sua criatura me fez um bem tão grande que, certamente, roubar-lhe-ia um beijo... Ou diria um ‘oi’.
Me fez achar graça meio ao perigo da noite. Me fez hesitar em socorrer-te. (mesmo incerta de precisar.) E mesmo sem pele nos pés, e dor nos ossos, eu iria.
Acharam-me! Buscaram-me!
Que as ruas possam falar um dia... Pra me contarem da tua vida, quem és, teu nome! Teu nome! E por onde foi... Daí, certamente, eu iria atrás de você.