sexta-feira, 19 de dezembro de 2008

Gosto como gosta,
como posa,
como fala,
como faz.
Gosto do nada,
do tudo,
do alto,
o baixo,
e nada mais.
Gosto de pouco,
mas já gosto muito.
Mal conheço,
e me pego pensando,
insistentemente,
em um primeiro beijo.
Mas me vejo inteira
caso o desejo
fique guardado.
Vejo-me na mesma.
E depois de tanto tempo
menosprezando tudo e todos,
vazia por dentro,
como pôde?
E quando as palavras,
que elogiavam ou banalizavam,
já não faziam efeito algum.
Quando me vi livre disso de vez!
Da melhor maneira de viver o mundo,
só, sozinha, sem ninguém.
Como pôde mexer comigo?
Como pôde me trazer de volta
a um mundo complexo demais...

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