quarta-feira, 3 de dezembro de 2008

Por que não me ajuda?

No som da bossa mais bela eu compus pra você, meu bem,
Fiz das maravilhas, palavras. Tentei, eu tentei!
Tirar um sorriso desse rosto privado,
desse rosto que guarda pra ti e pra outros,
especiais,
que, ora essa, não são como eu.
Mas, veja você, estou aqui, insistentemente,
de tal maneira que irritante, confesso.
Mas o que há de errado em expor um pouco
a vontade, demasiada dentro do peito,
de lhe demonstrar afeição?
Do som dos inteligentes eu tiro minha coragem,
não minha inspiração,
só pra dizer diretamente à você o que eu já vi, e que
guardar pra si não dá em nada.
Mas quando penso em andar... Eu tropeço,
as palavras quando saem... Sempre são das mais irrisórias,
sempre atormentando-me, pois minha descrição é verdadeira.
Resolveria se eu fosse mais espontânea,
mas entenda-me o medo do pensamento decorrente!
Quando o que eu queria era apenas conversar...
E que o perigo de parecer ridículo não me amedronta mais!
Ah, se você é especial ou não, eu, particularmente, não sei,
perante os outros, claro.
Pouco me importa, se quer saber...
me importa apenas que seja unicamente especial para mim,
e vice versa.
Saio escrevendo assim mesmo, de raiva talvez...
ou medo! Que o valor recebido te suba à cabeça,
e talvez até mereças isso,
Mas que eu fique sem uma chance,
de arranjar um lugarzinho meu...
Aí dentro.